imperativos de responsabilidade...

Ser idealista ao contrário de algumas “más línguas” não é ser patético. Ser idealista é acreditar em ideais e tê-los como pressuposto de conduta de vida. Um dos meus ideais pilares à minha acção é o da solidariedade…mas reconheço que por vezes se torna difícil fazer deste ideal guião à nossa conduta. Acredito na natureza humana e na sua capacidade de sã e pacifica convivência com os seus pares. Paz que se deseja desde as questões de conduta pequenas às mais complexas. Parto pressuposto que dificilmente poderei exigir comportamentos de solidariedade entre povos num espírito de paz universal se eu própria não contribuir para essa convivência pacífica ao nível do meu micro eco-social. Mas reconheço que por vezes é difícil.
As condutas são diárias e exprimem - se por pequenos nadas do dia a dia, pequenos nadas de urbanidade e cidadania. Acredito que devemos reivindicar diariamente ideais de liberdade, privacidade e autodeterminação, mas devemos paralelamente impor-nos condutas de responsabilidade. Coisas simples como o atravessamento de uma passadeira podem marcar a diferença. Fico confusa sempre que se me afigura uma passadeira. É habitual ver os peões atravessarem de forma lenta e descontraída. Bem sei que esse é o lugar por direito para a passagem e mudança de margem…mas por que será que o fazem de forma tão lenta? Não quero acreditar que é só porque têm direito a passar, não quero acreditar que é só por um princípio de exercício da sua liberdade! Então e onde fica a solidariedade para com os demais? Essa e uma nova moda que se torna constante. Os automobilistas param e abrem as portas ou arrancam sem o mínimo de salvaguarda de regra de segurança para si e para os outros…bem eu continuo a pautar-me por ideias de solidariedade pese me confunda um pouco com as posturas dos demais pares, pese seja por vezes difícil, mas tudo vai do treino e do pressuposto que impomos a nós mesmos. Ser membro de uma comunidade, parte de um eco-social é ser mais do que livre responsável e este é outro dos meus pressupostos de existência. Acredito que só é possível ser-se solidário e viver em sã e pacifica convivência desde que cada um por si institua como regra base de conduta imperativos de responsabilidade.

2 comentários:

Luis Cirilo disse...

Inteiramente de acordo.
Penso que a questão da educação civica é uma das batalhas que Portugal não pode perder nos próximos anos.
Sob pena de depois ser demasiado tarde.

Anónimo disse...

A educação cívica deve começar, antes de mais, em casa!

Se os pais não educam os seus filhos com valores morais e éticos sólidos, como diz o nosso padrinho #assim não vamos a lado nenhum..."