NOVA GERAÇÃO DE POLITICOS
Ouvi os palestrantes (António Filipe, José Seguro, Diogo Feio e Luís Montenegro) de forma atenta e cuidada.
Apresentados como rostos de uma nova geração de políticos, constatei que só um deles não foi licenciado na “mercearia”. Mas comum a todos é a admiração pelo tipo de gestão típica da Democracia Cristã.
Falaram. Ouvi. E conclui que no fundo não se assumem como admiradores de regras ao estilo Salazaristas e Marcelistas.
E falaram de gerações…algo que não é nada de novo. Tive de na escola lá pelos meus 16 anos leituras obrigatórias em português e inglês sobre os conflitos de gerações, isto para não falar das aulas de religião e moral. E tudo mais não é do que o já visto. Crise de geração dos nossos avós, dos nossos pais e dos nossos filhos também. Balelas no fundo. Mas quando o conflito é poder e geração sou levada a pensar nas novas vagas geracionais que deram origem à 1ª Republica, ao Estado Novo e à 2ª Republica… no fundo nada de novo.
E no final constatamos que de geração em geração se mantêm as mesmas famílias. E quando ouvi falar de bem comum com o propósito de auxiliar os diferentes e minoritários, tentei raciocinar sobre o local destes.
Uma realidade circular ao bom estilo de Kafka.
E para completar o debate tropecei nos relativos éticos de António José Seguro.
A dita nova geração de políticos definitivamente não é esta. Jamais será possível termos uma nova geração com terríveis amarras ao Relativismo da ideia de ética individual. “Eu cá tenho a minha ética”… é esta a nova geração de políticos?
A ética é o assumir de mínimos agregadores e não o vincular ditatorial da relativa expressão do pensamento individual.
Portugueses desatentos a cancro da boca e da faringe
O cancro da boca e da faringe representa 7% dos tumores malignos diagnosticados em Portugal, ocupando o quinto lugar nas localizações no corpo, mas tem tido tão pouca atenção que justifica uma campanha de alerta.
"O cancro da cavidade oral aparece à frente das leucemias e dos linfomas, mas estes são os mais falados", observa Jorge Marinho, médico estomatologista no Centro do Porto do Instituto Português de Oncologia (IPO/Porto).
Lançada pela Associação Portuguesa de Medicina Dentária Hospitalar (AMDH), designada "Sorria para si mesmo", a campanha ensina a fazer o auto-diagnóstico e informa sobre sinais de alerta.
Se surgirem manchas brancas e vermelhas, endurecimento de tecidos moles, feridas ou inchaços, por exemplo, deve ser consultado de imediato um médico - de família, ou dentista, ou estomatologista, ou outro médico de uma especialidade vizinha, como o otorrinolaringologista.
O auto-exame (ver infografia) "é fundamental para a detecção precoce da patologia", acentuou o presidente da APMH, João Leite Moreira, na apresentação da campanha, que consiste na distribuição de panfletos e cartazes contendo um pequeno guia sobre a patologia, que atinge mais os homens.
Segundo João Leite Moreira, doutorado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e médico dentista no IPO/Porto, os homens "são mais atingidos do que as mulheres, num relação de quatro para uma".
No sexo masculino, representa cerca de 10% do total de tumores malignos diagnosticados anualmente, ocupando o quarto lugar no conjunto de localizações topográficas no corpo humano".
A discrepância parece dever-se ao facto de as mulheres serem geralmente mais cuidadosas com a saúde do que os homens, de alguma maneira ainda muito afirmativos da ideia da supremacia física do género. Por outro lado, é uma expressão da relação entre a dicotomia álcool-tabaco.
Embora não goste de usar dados sobre a mortalidade resultante deste tipo de patologia, que considera discutíveis, o presidente da APMH observa que nos homens se situa nos 40%, sendo de 22% nas mulheres.
Acentuando a importância da prevenção e da detecção precoce do cancro da boca, chama a atenção para os efeitos mutilantes da cirurgia, não só ao nível estético, com consequências para a auto-imagem, a auto-estima e a vida afectiva e profissional, mas também de funções importantes, como a deglutição dos alimentos.
"Pouco se liga à detecção precoce", mas "quanto mais cedo se fizer o despiste maior é a chance de alcançar a cura", sublinha Jorge Marinho, que preside à comissão científica da APMDH.
"Por ser uma zona de transição entre o corpo humano, a boca tem muitas defesas, pelo que o cancro não se desenvolve tão rapidamente como noutras". Mas, "quando ultrapassa essa barreira defensiva, as consequências podem ser desastrosas".
A campanha "Sorria para si mesmo" pretende atingir a população, privilegiando os hospitais e centros de saúde e outros locais públicos. Em Vila Real, cujo hospital distrital tem em curso um projecto na área do cancro da boca, foi criada uma acção piloto com as escolas e autarquias locais, explicou a advogada Maria Manuel Pinto, responsável pela área de bioética e ciências forenses da APMDH."
in JN por ALFREDO MAIA<
Anões
Nos últimos tempos tenho sido fustigada diariamente com a pequenez do ser humano. Não se sei ainda se se trata de uma forma de ser Nacional, se se trata de uma questão apenas das pessoas com quem convivo.
Abracei um projecto em detrimento de muitos outros de cariz mais pessoal, por entender ser de grande valia Nacional. Ao mesmo e por me parecer elevado quanto à missão tenho dedicado tempo, paz pessoal e até as férias ao mesmo entreguei. Obvio que não trabalho sozinha. Comigo trabalham pessoas que de forma ágil e rápida me ajudam a colocar na rua projectos de interesse nacional… O problema são os demais. Os que deveriam trabalhar no sentido do colectivo e o não fazem…mas não fazer é bom na medida em que não atrapalha, porém estes anões alem de não fazerem ainda atrapalham. A lógica de tal conduta é reincidente. Tem raízes nas velhas tradições ao estilo velho do Restelo ou do empata. Uns chamam inveja eu porém chamo pequenez. Gente viscosa, incapaz de impulsionar o mundo no melhor interesse colectivo.
Sem dúvida anões não de um belo conto de fadas mas de um pesado conto da vida. Anões de pesos nos pés que não só não saem do sítio como ainda ajudam o barco a ir ao fundo.
Arrependido?
Hoje ao ler a entrevista ao Medina Carreira questionei-me sobre o que procura ele. O discurso além de negativo mais parece o de um arrependido…
Arrependido de ter cortado com o antigo regime. Em boa verdade de repente esta gente de esquerda deu para gabar e chamar à colação as benesses do antigo regime…lol será que estão em fase de arrependimento. Mais parece.
No artigo enaltece o sistema de educação anterior ao ano de 1974, só crítica a fraca difusão…será que ele não se lembra que os recursos eram fracos? Além do mais não deixa de ser peculiar que um Ministro do Mário Soares venha agora…em 2009 valorar as políticas e a gestão de Salazar.
Outra particularidade do artigo é o enaltecer do Dr. Mário Soares como o grande guru da Democracia não consegue é nomear os actos efectivos que fundamentam tal…
Giro ainda foi o colocar todos no saco da social democracia, com Medina Carreira fiquei a saber que Paulo Portas, Manuela Ferreira Leite e Francisco Louça no fundo são todos sociais democráticos…muito Cool sem duvida
Interessante este volver de posição e de admiração
Estamos no tempo dos arrependidos…
Saramago...a voz do anti - Cristo
Segunda -feira, logo pela manhã sou acordada com a entrevista dada por Saramago ao JN…
O meu primeiro pensamento foi: “que espanto, então esta alma vem agora mais uma vez com estas tretas… a Bíblia é um manual de maus costumes” . Li já passagens da Biblia, tenho estudado a Bíblia e em parte alguma me ensinam a roubar, matar, destratar os demais, humilhar o próximo, desonrar pai e mãe, desonrar o marido e os filhos…em fim, não vi onde.
O Bíblia como escrito é poético, metafórico, escrito num tempo histórico próprio que se vem ajustando ao longo dos tempos e das evoluções da ciencia e da técnica. Porém a Bíblia não é de todo um livro para ser ligo apenas no seu texto e sentido literal.
Os comentários de Saramago e provavelmente o seu livro mais não são do que um conjunto de escritos anti – semitistas que se voltam de forma hipócrita para condutas humanas de matriz judaico – cristã de forte pendor humanista e de grande respeito pela liberdade e identidade do ser humano na sua unicidade. Que legitimidade tem Saramago de atirar pedras à Bíblia quando no auge da sua crença comunista aceita e aprova actos barbáricos cometidos pelos seus ídolos Lenine, Estaline, Fidel Castro entre outros? Falta de memória? Mera hipocrisia? Certo porém é que não o vejo escrever sobre o Budismo ou o Islamismo as mesmas coisas que escreve contra o Cristianismo…será por covardia. Uma coisa é certa não fosse a filosofia da Igreja Romana tão Humanista e grandiosa na aceitação do outro que provavelmente seria outra a atitude de Saramago. Mas desde muito nova me foi ensinado que o anti -Cristo é inteligente, hábil e perverso, que se veste de roupagens múltiplas e que através da sedução ludibria a razão dos inocentes… a voz está na rua.
Porém e num acto de profissão de fé acredito que jamais o mal vencerá sobre o bem e a prova da fé é que Deus não sacrificou o filho de Abraão, a metáfora espelha a grandeza da dedicação, da fé de alguém que mais do que amar o que é terreno amou e acreditou no que é supremo.
Talvez, propositadamente, Saramago queira com esta intervenção induzir o leitor à força da prisão terrena…à manutenção da posse do que é deste mundo e que de forma constante e persistente induz o Homem à guerra, á inveja, à intriga ao desamor pela pessoa humana. A prisão terrena é essa sim um usuário de mau viver de maus costumes.
Ditadura do relativo
Cada vez mais hoje vivemos um tempo de absolutos relativismos. Hoje tudo é relativo e depende da vontade individual de cada sujeito. Resta saber onde fica o bem comum. Na busca constante e incessante de protagonismos todos somos geradores de relativismos. Criamos imagens e ilusões nas quais acreditamos sendo que como resultado final ficamos presos no nada. E de nadas sinto que o todo é feito. Ninguém se responsabiliza, ninguém se assume e tudo é permitido.
Hoje meditando sobre o valor solicitude dei conta de mim a constatar o facto obvio que solicitude hoje mais não é do que a oportunidade de palco. O colectivo consciente é apenas espelho do eu e meio de obtenção de interesses egoístas. O valor pilar da solidariedade de “eu” para o “tu” ou “vós” transformou-se no tempo no mero “eu” para o “eu” usando o “tu” ou o “vós” como meio, como instrumento de reflexão desse mesmo “eu”. Como pode ter sido possível esta transformação? Os meus conhecimentos não me permitem tal valia de conhecimento, mas sinto. Relativismos em tudo. Sinto que hoje o ser não é, é o talvez. Há meia dúzia de anos ouvi um político conceituado em Portugal dizer à boca cheia que só não muda quem é burro…pois é isso que hoje todos fazem mudam e mudam e mudam. Desfiguram-se em nome de interesses individuais de consumo imediato. Antes a venda de corpos e almas eram tidos como desvalor por fazer perigar a identidade do ser e a sua dignidade, hoje é a constância em nome da independência e do “eu quero e poço”. Palcos de luxúria, de mímica, de inexistentes e irrealidades...
Ditadura do relativo.
Impérios de sentidos.
O constante desfigurar do ser humano.