Numa destas deslocações de trabalho dei comigo completamente absorta num pensamento relativamente inovador para mim. Dei comigo a meditar sobre a dose de informação que hoje se pode obter com os caminhos virtuais do conhecimento. Efectivamente hoje é possível o acesso a um numero elevado de informação por via da Internet e em especial dos Blogs. Pois nessa deambulação muitas foram as questões que se me levantaram.
Quanto ao valor, importância, beneficência ou maleficência da informação exposta nada irei, por enquanto, abordar.
O que me deu alguma inquietude intelectual foi a duvida de como conciliar a liberdade de expressão do dono do blog e os comentários no mesmo feitos. Questão que será relevante de ponderar enquanto se vive em Portugal com a actual Constituição. Segundo esta o principio base na manifestação de vontade e opinião é a Liberdade. A questão é a de sabermos em que medida se poderá aferir dessa liberdade de expressão. Quem a tem?
Para entender um pouco desta coisa chamada espaço cibernético onde se manifestam os Blogs socorri-me das definições da enciclopédia livre Wikipédia na qual bebi um pouco da história do blog e que passo a reproduzir surge com “Jorn Barger, autor de um dos primeiros FAQ - Frequently Asked Questions, foi o editor do blog original e concebeu o termo - "weblog" - em 1997, definindo-o como uma página da Web onde um diarista (da Web) relata todas as outras páginas interessantes que encontra.”...” em 1999, os blogs eram distintos tanto em forma como conteúdo das publicações periódicas que os precederam (ezines e journals).”...” O panorama mudou quando, naquele mesmo ano de 1999, diversas empresas lançaram softwares desenvolvidos para automatizar a publicação em blogs. Um destes softwares, chamado Blogger, apresentava enorme facilidade para publicação de conteúdo, e com a sua interface privilegiando a escrita espontânea, foi adoptado por centenas de pessoas.”
Fiquei pois informada de que um blog é equiparável a um jornal tradicional, usado por todos quanto espontâneamente pretendam ter espaço autónomo de liberdade de expressão cuja frequência será aquela que o próprio criador do blog pretender. Ora sendo assim as regras de liberdade equiparáveis às da imprensa tradicional, sendo que o seu ajuste é feito na medida das diferenças tidas atentos à natureza do espaço de comunicação social em questão.
Ora sendo assim rapidamente me apercebi que neste, tal como na comunicação tradicional (tipo rádio, jornal, revista, televisão), há regras distintas para a expressão de opinião do dono ou criador do blog e para expressão de comentários dos leitores. Um jornal, por exemplo, é comprado por quem se identifica com ele ou tem interesse na sua informação, mas o comentário a ele feito terá sempre que passar pelo crivo do seu “dono”, tal como por esse crivo passa os artigos escritos por quem vai criar a noticia do referido jornal. Ora “mutatis mutandis” num blog a criação é sempre de livre expressão do seu titular. Num blog o seu “dono” tem toda a liberdade de emitir a sua visão, opinião sobre qualquer tema que para si seja relevante. Contra tal liberdade nada a opor, apenas a opor os limites máximos expostos na nossa Constituição isto pelo menos enquanto vivermos numa Democracia Plural. Mas cautela que democracia não implica violação de espaço de privacidade. O blog é a folha de jornal do seu criador ou titular, é a sua propriedade privada e nessa não pode ser desferida qualquer acção de violação dessa mesma privacidade. Nele o seu criador vê reservado o direito à sua liberdade de opinião, de privacidade e de identidade intelectual. Será pois fácil de aduzir que perante tal a intervenção de terceiros vulgo comentadores não será livre ao nível do criador do blog. Tal é facilmente compaginavel com esse direito de reserva privada do titular do blog. Aí o comentador terá de ter cautela com o comentário pois a sua liberdade está forçosamente limitada pela liberdade de expressão e identidade intelectual do dono do blog.
Nesse caso entendo que em nome da Democracia e Liberdade do blog este é parte da esfera privada sendo a medida da sua vontade e livre expressão diferente da dos terceiros que a ele acedem.
Quanto ao valor, importância, beneficência ou maleficência da informação exposta nada irei, por enquanto, abordar.
O que me deu alguma inquietude intelectual foi a duvida de como conciliar a liberdade de expressão do dono do blog e os comentários no mesmo feitos. Questão que será relevante de ponderar enquanto se vive em Portugal com a actual Constituição. Segundo esta o principio base na manifestação de vontade e opinião é a Liberdade. A questão é a de sabermos em que medida se poderá aferir dessa liberdade de expressão. Quem a tem?
Para entender um pouco desta coisa chamada espaço cibernético onde se manifestam os Blogs socorri-me das definições da enciclopédia livre Wikipédia na qual bebi um pouco da história do blog e que passo a reproduzir surge com “Jorn Barger, autor de um dos primeiros FAQ - Frequently Asked Questions, foi o editor do blog original e concebeu o termo - "weblog" - em 1997, definindo-o como uma página da Web onde um diarista (da Web) relata todas as outras páginas interessantes que encontra.”...” em 1999, os blogs eram distintos tanto em forma como conteúdo das publicações periódicas que os precederam (ezines e journals).”...” O panorama mudou quando, naquele mesmo ano de 1999, diversas empresas lançaram softwares desenvolvidos para automatizar a publicação em blogs. Um destes softwares, chamado Blogger, apresentava enorme facilidade para publicação de conteúdo, e com a sua interface privilegiando a escrita espontânea, foi adoptado por centenas de pessoas.”
Fiquei pois informada de que um blog é equiparável a um jornal tradicional, usado por todos quanto espontâneamente pretendam ter espaço autónomo de liberdade de expressão cuja frequência será aquela que o próprio criador do blog pretender. Ora sendo assim as regras de liberdade equiparáveis às da imprensa tradicional, sendo que o seu ajuste é feito na medida das diferenças tidas atentos à natureza do espaço de comunicação social em questão.
Ora sendo assim rapidamente me apercebi que neste, tal como na comunicação tradicional (tipo rádio, jornal, revista, televisão), há regras distintas para a expressão de opinião do dono ou criador do blog e para expressão de comentários dos leitores. Um jornal, por exemplo, é comprado por quem se identifica com ele ou tem interesse na sua informação, mas o comentário a ele feito terá sempre que passar pelo crivo do seu “dono”, tal como por esse crivo passa os artigos escritos por quem vai criar a noticia do referido jornal. Ora “mutatis mutandis” num blog a criação é sempre de livre expressão do seu titular. Num blog o seu “dono” tem toda a liberdade de emitir a sua visão, opinião sobre qualquer tema que para si seja relevante. Contra tal liberdade nada a opor, apenas a opor os limites máximos expostos na nossa Constituição isto pelo menos enquanto vivermos numa Democracia Plural. Mas cautela que democracia não implica violação de espaço de privacidade. O blog é a folha de jornal do seu criador ou titular, é a sua propriedade privada e nessa não pode ser desferida qualquer acção de violação dessa mesma privacidade. Nele o seu criador vê reservado o direito à sua liberdade de opinião, de privacidade e de identidade intelectual. Será pois fácil de aduzir que perante tal a intervenção de terceiros vulgo comentadores não será livre ao nível do criador do blog. Tal é facilmente compaginavel com esse direito de reserva privada do titular do blog. Aí o comentador terá de ter cautela com o comentário pois a sua liberdade está forçosamente limitada pela liberdade de expressão e identidade intelectual do dono do blog.
Nesse caso entendo que em nome da Democracia e Liberdade do blog este é parte da esfera privada sendo a medida da sua vontade e livre expressão diferente da dos terceiros que a ele acedem.
1 comentários:
concordo genéricamente com a tua tese.penso contudo que mais dia menos dia vai ter de existir alguma regulação daquilo que se escreve e põe nos blogues.
De facto perante a manifestação de liberdade, e de acesso ao direito de informar e ser informado que os blogues representam,assiste-se ao efeito perverso de os cidadãos,nomeadamente aqueles que por esta ou aquela razão são figuras públicas,estarem completamente indefesos perante aquilo que qualquer um queira deles escrever.
Escrever ou colocar fotos e videos.
Sem nenhuma critério,sem nenhuma sanção dependendo apenas do livre arbitrio de cada um.
E hoje,cada vez mais com as novas tecnologias,é tão facil fotografar ou filmar alguém sem o visado se aperceber do facto.
Entenda-se que não defendo nenhum tipo de censura,mas defendo energicamente o direito de cada um á sua privacidade
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