Ensino...que caminho?

A Visão da semana passada trás um texto de Ricardo Araújo Pereira com o titulo “ O País do não” que além de muito bem escrito achei soberbo e aqui vou transcrever partes que me deram uma vontade terrível de rir e chorar ao mesmo tempo…
Cá vai:

" O Ministro do Ensino Superior mandou fechar a Universidade Independente.(...)" algo que no minimo é estranho e contraditório na medida em que (...)"num País com tão baixos índices de produtividade, será justo fechar uma universidade que até trabalha ao domingo?"
Com um humor peculiar faz gracejo com algo que carece de uma rápida e efectiva meditação, o Ensino Universitário.
Em meu entender as regras deveriam ser iguais quer para o publico quer para o privado. Regras bem definidas de acesso e processo de ensino a fim de evitar disfunções que hoje grassam no nosso País.
Já desde 1975 que existem sujeitos a entrar para as faculdades com nota negativa de 12º ano, mas que em nome de não sei o quê se mantêm e fazem os seus cursos com passagens administrativas. Depois no tempo de Cavaco e Silva e na sua continuação de forma ainda mais flagrante com Guterres as faculdades privadas surgem como cogumelos. Faculdades cujo ensino fica aquém do desejado, mas que em nome de uma suposta modernização e equiparação à Europa viraram fábricas de fazer Doutores e Engenheiros.
Mas para quê?
Para irem para o desemprego!
Ou para estarem no mercado de forma fraudulenta…sim porque muitos deles ficam a desejar bastante ao conhecimento e o mercado carece de gente efectivamente produtiva e competente.
É certo que os exemplos que vêm de cima são de franca nulidade, mas em nome de uma certa honestidade intelectual não devemos compactuar com este estado. Em nome da saída do lodo é importante que deixemos para trás os comodismos do situacionismo e tenhamos coragem de impedir a manutenção deste estado de coisas.
Quem forma deve ser honesto e transferir a informação efectiva de forma a criar gente apta a prestar um serviço válido à Nação e quem é formado deve ter a coragem de renunciar aos cursos de notas de secretaria. Claro que no meio desta amálgama há os Cristos que por questões de estatísticas chumbam sempre e vem a sua vida dificultada.
È hora de nos deixarmos de demagogias e teorias baratas sobre ensino e criar uma linha condutora de procedimentos de ensino igualitária entre privado e público. É hora de Portugal entender que sectores como o ensino não podem estar sujeitos a mudanças de estruturas politicas a cada novo governo. O ensino é o fermento da massa trabalhadora e produtiva do País…fermento fraco significa produção fraca.

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