Devaneio de "inhos" e "inhas"

Hoje num dos meus devaneios de pensamento fui de encontro à palavra pequeno de “inho”, “inha”, “inhos” ou “inhas”.

Pois pequeno poderá ser terno e novo.

Mas poderá ser tão somente pequeno de “inho” e seus derivantes...pois foi nesse pequeno “inho” que me prostrei.
Pequeno como o espírito, que de quando em vez sinto, perante certas realidades e actuações próprias de outros. Duma pequenez que me faz sentir pobre e sem valor...Pois é esse pequeno “inho” que me atormenta de quando em vez.
Um pequeno de “vidinha” realidade mórbida e tacanha que muitos insistem em usar para designar algo de importante como a vida. Essa vidinha em que tropeço sem querer e quando me apercebo tenho vergonha sendo difícil depois remover o dito...ditos das vidas de outrem, ditos de realidades desconhecidas, ditos por pressuposto de saber superior a vivências de vida de cada um. Nessa pequenez temo a derrota, não sei se por catarse genética ou por preguiça racional sou tentada a entrar no caminho do ...”inha” de pequeno ou “pequeninha”... próprio lá da terrinha... entre tantos outros “inhos”.

Pois vagueava eu nessas “inhas” da vida quando me lembrei ainda de outras pequenezas.

À meia dúzia de dias fui assistir a uma palestra de esclarecimento e apresentação ao Povo das acções de algumas empresas camarárias de Vila Nova de Gaia e é nessa acção que de “inho” pouco tinha quando me entra pelos ouvidos um ...” vamos mostrar umas coisinhas lá das nossas criancinhas”...bom falado assim por instantes pensei que eram seres repelentes e mais uma vez o conceito do “inho” por “pequeninho” me deu sinal de alerta para a existência de um pequeno invasor de obras de alguma grandeza. Ouvi atentamente as palestras para encontrar tais gentes... e não as vi. Pois havia um lapso nos “inhos”, digo eu que devaneio...pelos vistos tal se relacionaria com pressupostas vidinhas de gentinhas de bairro...
É aí que dói...é aí que me faz sentir “inha” de todo, de um “inha” que nada diz, que nada produz e que tudo minimiza...

Pois nesses eu tenho vergonha de ser arrastada.

Vida e Gente tem tamanho grande. Vida é vivida por quem a sente e Gente é o actor principal da sua história na qual poderemos ser inexistentes, logo os meus conceitos e preconceitos são “inhos” a abater, a apagar...

1 comentários:

Anónimo disse...

Não entendi nada que V.Exª quiz dizer...afinal, tem uma vida ou uma vidinha? Quem tem vidinha, a criancinha? Mas de quem é a vergonhazinha? Tantos enigmazinhos, em volteiozinhos, que eu, pouco inteligentezinha, não cheguei lá...