Hoje ao ler no magazine notícias a reportagem sobre o macho latino tive a plena consciência de que aquilo que já pensava há algum tempo não é tão descabido de senso como isso.
Sempre defendi que a sociedade machista que tivemos e ainda temos, pelo menos em Portugal, se deve fundamentalmente à mulher. Efectivamente o matriarcado das sociedades primitivas deixou de existir desde o momento em que a fêmea deixou de querer ir à caça. Este sentido figurado fará sentido se pensarmos nas sociedades do Sec. XIX na qual o protótipo da mulher frágil foi gerador de preconceitos tipo “o homem não chora” ou “és uma criança” e ainda “ pareces uma mulher a chorar”. A soma de vários preconceitos como este deu lugar a várias realidades de peso no crescente machismo tipo latino e ao marialvismo. Geração cultural predominada por um homem “guerreiro amante” para o qual a plenitude de ser homem é espelhada no seu somatório de “poder sexual”. Geração masculina para os quais conceitos como “amor” ou “respeito” pelo outro são eles próprios relativos. O verdadeiro homem deixa-se assim cair no dramático e hilariante receio da sua impotência quando confrontados com quem não sente atracção erótica. E nesta gestão de preconceito está sem dúvida a mulher, pois foram as bisavós, as avós e as mães dos homens de hoje que os ensinaram a não chorar, que trataram os seus maridos como se de filhos se tratassem e criaram a convicção nas filhas da desgraça genética de terem nascido mulheres…
Repudio o feminismo/masculino, mas conheço do tradicional peso da vergonha de ser mulher. Agrada-me porém saber que fora de Portugal os ventos são de mudança, os ventos são os do nascimento de um homem mais inteligente para quem ser não é ser erótico, não é ser predador só pelo prazer da caça. Há pois quem fale em “crise da masculinidade”. Nesta caminhada de busca de paz e harmonia ao homem refere Paule Salomon “mudar o mundo” faz-se “ mudando um homem de cada vez” sendo que o objectivo final é o de encontrar o homem inteligente, amante, potente e consciente que existe em cada um.
A questão não é e de chorar ou não chorar, a questão é de ser.
Os ventos são sem duvida de evolução, mas não nos podemos nunca esquecer que a mudança não é possível enquanto as mulheres, mães, avós, tias ou esposas continuarem a insistir no afrouxar da capacidade de ser homem permitindo uma permanente relação de complexo de Édipo na qual a fuga é a hilariante e frágil forma de ser “homem caçador”.
Sempre defendi que a sociedade machista que tivemos e ainda temos, pelo menos em Portugal, se deve fundamentalmente à mulher. Efectivamente o matriarcado das sociedades primitivas deixou de existir desde o momento em que a fêmea deixou de querer ir à caça. Este sentido figurado fará sentido se pensarmos nas sociedades do Sec. XIX na qual o protótipo da mulher frágil foi gerador de preconceitos tipo “o homem não chora” ou “és uma criança” e ainda “ pareces uma mulher a chorar”. A soma de vários preconceitos como este deu lugar a várias realidades de peso no crescente machismo tipo latino e ao marialvismo. Geração cultural predominada por um homem “guerreiro amante” para o qual a plenitude de ser homem é espelhada no seu somatório de “poder sexual”. Geração masculina para os quais conceitos como “amor” ou “respeito” pelo outro são eles próprios relativos. O verdadeiro homem deixa-se assim cair no dramático e hilariante receio da sua impotência quando confrontados com quem não sente atracção erótica. E nesta gestão de preconceito está sem dúvida a mulher, pois foram as bisavós, as avós e as mães dos homens de hoje que os ensinaram a não chorar, que trataram os seus maridos como se de filhos se tratassem e criaram a convicção nas filhas da desgraça genética de terem nascido mulheres…
Repudio o feminismo/masculino, mas conheço do tradicional peso da vergonha de ser mulher. Agrada-me porém saber que fora de Portugal os ventos são de mudança, os ventos são os do nascimento de um homem mais inteligente para quem ser não é ser erótico, não é ser predador só pelo prazer da caça. Há pois quem fale em “crise da masculinidade”. Nesta caminhada de busca de paz e harmonia ao homem refere Paule Salomon “mudar o mundo” faz-se “ mudando um homem de cada vez” sendo que o objectivo final é o de encontrar o homem inteligente, amante, potente e consciente que existe em cada um.
A questão não é e de chorar ou não chorar, a questão é de ser.
Os ventos são sem duvida de evolução, mas não nos podemos nunca esquecer que a mudança não é possível enquanto as mulheres, mães, avós, tias ou esposas continuarem a insistir no afrouxar da capacidade de ser homem permitindo uma permanente relação de complexo de Édipo na qual a fuga é a hilariante e frágil forma de ser “homem caçador”.
2 comentários:
pois eu sou mulher e gosto! E faço questão da igualdade na diferença. Sempre o disse e concordo, os piores machistas são as mulheres, e são elas as principais culpadas, hoje em dia, das atitudes das geraçoes mais jovens. Abram os olhos!!!!
"A questão não é a de chorar ou não chorar, a questão é de ser."
Nem mais.
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